*Por Marcelo Castro
Os próximos anos vão exigir do empresariado brasileiro e dos profissionais de uma maneira geral, muito mais do que talento para vendas e negócios.
A Copa de 2014 vai gerar um incrível movimento e iniciativas de fomento ao comércio eletrônico de todas as partes, vamos viver os próximos anos uma avalanche de modismos e tendências a levar para a Web grande parte das transações comerciais, utilizando-se cada dia mais de novos meios de pagamentos e novas formas de compras, que vão atuar principalmente sobre as plataformas do celular, dos tablets e da TV a cabo.
Todos serão afetados, sem nenhuma restrição. A rapidez como reagimos e nos adaptamos aos novos tempos é que será definitiva para o sucesso ou a queda das vendas.
O Brasil precisa dar um salto tecnológico rápido em termos de infraestrutura tecnológica, pois devido a sua extensão intercontinental e de suas deficiências em infraestrutura aeroportuária, portuária rodoviária e de segurança pública e saúde, pois tudo isso pode colocar em xeque todos os esforços de organizar uma Copa do Mundo, com graves problemas para a sociedade e sua normalidade.
Somente com banda larga e conectividade com cobertura nacional, vamos conseguir minimizar os problemas existentes e que se potencializarão em tempos de Copa do Mundo, com a chegada de mais de 1,5 milhão de visitantes ao Brasil e nas cidades-sede da Copa.
Os visitantes, turistas brasileiros e estrangeiros da Copa de 2014 tem um perfil de usuário de smartphones e tablets, navegador na Web e comprador online, portanto, vão buscar nestes meios e mídias, as informações de hotéis, locais de compras, restaurantes, passeios turísticos, dicas e orientações sobre as cidades.
Os gestores da Copa de 2014 têm também um papel importante em fomentar e propor aos administradores públicos dos estados e municípios, através dos Secretários de Copa, governadores e prefeitos, a implementar e disponibilizar a Internet pública nas cidades-sede da Copa de 2014, principalmente e no mínimo.
Se preocupar com infraestrutura tecnológica não é mais uma questão de desenvolvimento, trata-se agora de manutenção dos padrões mínimos da economia, pois imaginem milhares de pessoas, estrangeiros acessando a Web de um mesmo local ou cidade, comerciantes e lojistas com sistemas de cartão de crédito caindo durante seus atendimentos, celulares que não funcionam ou com sinal e transmissão ruim de voz e dados.
Imaginem voos sendo cancelados e atrasando nos aeroportos e a falta de conectividade impedindo das pessoas de se reprogramarem e fazerem contatos Calcule a dificuldade de encontrar pousadas e pequenos hotéis, passeios e serviços turísticos, que já não sejam aquelas conhecidas.
Estudos apontam para um número muito maior de opções em pousadas e hotéis, que se incluídos digitalmente na Web, poderão aliviar a pressão da falta de ofertas, melhorando o preço (concorrência) e criando mais oportunidades de negócios e desenvolvimento econômico.
Sabemos do potencial do artesanato brasileiro e o Sebrae tem feito um excepcional trabalho de suporte e ajuda na profissionalização deste segmento, mas muito mais ainda pode ser feito muito com a inclusão digital do artesanato no e-commerce.
Recentemente estive na Fenearte, maior evento de artesanato do país, onde fiquei encantado com a quantidade e qualidade do artesanato brasileiro, mas ao mesmo tempo pude observar a falta de uma ação de cooperativismo digital, que permitiria vender aquelas "joias" culturais e de decoração, muito valorizadas em todo o mundo, com pelo menos o dobro do valor vendido no Brasil.
Disponibilizar serviços e produtos na Web, criar formas alternativas de vender e se relacionar não é mais uma novidade ou inovação, trata-se de uma forma de manter-se vivo no mundo dos negócios. Para se diferenciar da concorrência será preciso, ai sim, inovar pra valer, criar formas de se comunicar e se relacionar com os consumidores, captando as oportunidades do ambiente onde este consumidor está e oferecendo comodidades e rapidez de resposta.
Andar em grupo e acompanhar as tendências de forma coletiva é a melhor forma de não embarcar em ideias e soluções equivocadas. Foi pensando assim e com a visão que devemos criar um ambiente para as mudanças que a CNDL e as demais entidades apoiadoras, criaram o Projeto ECOM.
Colocamos a disposição da sociedade brasileira o Projeto ECOM, que em 2012 realizará o II Seminário NACIONAL de Comércio Eletrônico, Meios de Pagamentos e Negócios na Web + I Workshop de Redes e Mídias Sociais, uma iniciativa de informação, formação e capacitação profissional, da CNDL (Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas) e da Digital Consulting Brasil, contando aindacom apoio do SEBRAE, Caixa Econômica Federal e grandes corporações brasileiras. Um megaevento que pretende ajudar o Brasil a se preparar para receber a Copa de 2014.
*Diretor-Geral do Projeto ECOM 2012, Castro é empresário, sócio-diretor da Digital Consulting Brasil e da Discovery Corporate Consulting Brasil. Especialista em marketing estratégico, tecnologia da informação e comunicação corporativa. Graduado em Administração de Empresas, Marketing e Economia, com especialização pela Universidade de Saint Paul-MN-USA, Jornalismo pela Universidade Anhembi-Morumbi-SP.
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