É o
que revela a pesquisa anual Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro,
apresentada nesta terça-feira (30/07), no Sindicato dos Editores de Livros
(SNEL), no Rio de Janeiro
As
editoras brasileiras venderam 434,92 milhões de livros em 2012, representando
uma queda de 7,36% em relação aos 469,46 milhões de exemplares de 2011. O
faturamento foi de R$ 4,98 bilhões, apontando crescimento de 3,04%, em
comparação ao ano anterior, quando o resultado foi de R$ 4,83 bilhões.
Os
dados são relativos à Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro,
da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo
(FIPE/USP), sob encomenda da Câmara Brasileira do Livro (CBL) e do Sindicato
dos Editores de Livros (SNEL), divulgada nesta terça-feira (30/07), na sede do
SNEL, no Rio de Janeiro. O levantamento abrange os segmentos básicos do setor
do livro: o mercado (livrarias e outros pontos de venda) e o governo (que compra
das editoras por meio de programas como Plano Nacional do Livro Didático -
PNLD).
A
pesquisa também revela que se for considerada apenas a parcela vendida ao
mercado (excluindo o governo), a queda no número de exemplares vendidos foi de
5,43%, com um total de 283,98 milhões em 2011, ante 268,56 milhões, em 2012. O
faturamento teve um aumento de 6,36%, passando de R$ 3,44 bilhões, em 2011,
para R$ 3,66 bilhões em 2012, o que significa um aumento real de 0,49%,
considerada a inflação do período. Esse foi o primeiro crescimento real de
vendas ao mercado desde 2008.
Ainda
considerando as vendas ao mercado, o preço médio do livro cresceu 12,46%, em
2012. Entretanto, se for levado em consideração o acumulado desde 2004, quando
houve a desoneração do PIS e Cofins, ainda há uma queda real de 41% do preço
médio.
As
vendas ao governo apresentaram queda de 10,31% no número de exemplares, com um
recuo de 185,48 milhões, em 2011, para 166,35 milhões em 2012. Quanto ao
resultado, houve decréscimo de 5,20%. Em 2011, as editoras faturaram R$ 1,38
bilhão, caindo para R$ 1,31 bilhão, em 2012.
Produção
de novos títulos cresce em relação às reimpressões
A
produção de novos títulos cresceu 1,89%, em 2012, em relação às reimpressões.
Em 2011, foram produzidos 20,40 mil novos títulos, passando, em 2012, para
20,79 mil. Por outro lado, as reimpressões apresentaram queda de 2,93%, com
37,78 mil exemplares reimpressos em 2011 e 36,68 mil, em 2012. A variação da
produção de títulos, no total, apresentou queda de 1,24%.
A
pesquisa FIPE 2012 sobre o Setor Editorial Brasileiro também constatou queda no
número de exemplares produzidos. Em relação a 2011, a produção caiu 2,91%, com
485,26 milhões de exemplares em 2012, comparada aos 499,79 milhões do ano
anterior.
Brasil
exportou 3,029 milhões de livros em 2012
Pela
primeira vez, a Pesquisa Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro apurou
dados sobre a exportação de livros. No ano passado, as editoras brasileiras
exportaram 3,029 milhões de livros, ao valor de R$ 56,99 milhões. Os números
representam 1,13% quanto ao volume de exemplares e 1,55% quanto à receita, em
relação ao total vendido ao mercado.
A
importância da pesquisa
Para
a presidente da CBL, Karine Pansa, a realização anual da pesquisa Produção e
Vendas do Setor Editorial Brasileiro contribui muito para a compreensão do
mercado, seu aperfeiçoamento e desenvolvimento. “Com os dados em mãos, é
possível visualizar as tendências, dimensionar melhor a produção e trabalhar de
modo mais eficaz para cumprir a meta prioritária de disseminar a leitura e
ampliar o acesso ao livro no País”, observa Karine Pansa.
“A
comparação entre o desempenho do setor editorial, a cada ano, permite analisar
tendências e resultados. É importante conseguirmos visualizar qual dos
segmentos está obtendo melhores resultados, qual o canal de distribuição está
crescendo, qual a área temática está com tendência de crescimento ou de queda”,
comenta Sônia Jardim, presidente do SNEL, sobre a importância da pesquisa
Produção e Vendas do Setor Editorial Brasileiro. “As pesquisas ajudam a identificar ou
confirmar tendências, fundamental para orientar os editores e livreiros a tomar
decisões com menos riscos, ou, pelo menos, assumirem riscos mais calculados”,
conclui a presidente do SNEL.
A
presidente da CBL, Karine Pansa, e a presidente do SNEL, Sônia Jardim, estão à
disposição da imprensa para responder às questões relativas à pesquisa.
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