No
dia 12 de julho, representantes de associações de classe e sindicatos de 20
estados aprovaram, durante assembleia realizada na sede da ABIGRAF Nacional em
São Paulo, um manifesto ao governo e à Nação, relatando as ameaças ao setor e
reiterando as reivindicações para o resgate de sua competitividade.
No primeiro
trimestre de 2013, a atividade teve recuo de produção de 7,2% em relação ao
mesmo período de 2012.
No acumulado do ano passado, já havia registrado
desempenho negativo de 7,6% em relação a 2011, mais acentuado do que a média da
indústria de transformação.
O
presidente da Abigraf Nacional, Fabio Arruda Mortara, salientou que, num
momento em que o cenário nacional deteriorou-se, a indústria gráfica vem
enfrentando problemas sérios, a começar pelo fato de não ser ouvida pelo
Governo Federal.
“Estamos enfrentando a concorrência desleal de importação de
serviços gráficos, em especial na China, onde estão sendo impressos até livros
brasileiros, inclusive os didáticos comprados pelo governo para distribuição às
escolas públicas. Há ainda, a defasagem cambial”, salientou Mortara,
acrescentando: “A situação foi-se agravando e, por isso, nossas bases de
representatividade de todo o País aprovaram e assinaram um manifesto,
expressando nossa indignação ante a gravidade conjuntural do setor”, disse Mortara.
O
presidente da Abigraf Regional São Paulo, Levi Ceregato, explicou que o
mercado, e não apenas no Brasil, está diminuindo devido à concorrência de
outras mídias, como as redes sociais e o e-book.
“Nesse cenário, temos
verificado com os empresários que ainda há um otimismo quanto à sobrevivência
do setor, mas percebemos a insensibilidade dos órgãos governamentais quando
apresentamos algumas demandas”, frisou o dirigente. “Um exemplo dessa
indiferença refere-se à questão dos livros, que estão sendo impressos na China,
transferindo para lá a receita de impostos e a geração de empregos. O setor
gráfico é composto em sua maioria por microempresas e está bastante atualizado
tecnologicamente. Por isso, é essencial retomar sua competitividade”, falou Ceregato.
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