segunda-feira, 22 de julho de 2013

Setor gráfico cai 7,2% no primeiro trimestre

No dia 12 de julho, representantes de associações de classe e sindicatos de 20 estados aprovaram, durante assembleia realizada na sede da ABIGRAF Nacional em São Paulo, um manifesto ao governo e à Nação, relatando as ameaças ao setor e reiterando as reivindicações para o resgate de sua competitividade. 

No primeiro trimestre de 2013, a atividade teve recuo de produção de 7,2% em relação ao mesmo período de 2012. 

No acumulado do ano passado, já havia registrado desempenho negativo de 7,6% em relação a 2011, mais acentuado do que a média da indústria de transformação.

O presidente da Abigraf Nacional, Fabio Arruda Mortara, salientou que, num momento em que o cenário nacional deteriorou-se, a indústria gráfica vem enfrentando problemas sérios, a começar pelo fato de não ser ouvida pelo Governo Federal. 

“Estamos enfrentando a concorrência desleal de importação de serviços gráficos, em especial na China, onde estão sendo impressos até livros brasileiros, inclusive os didáticos comprados pelo governo para distribuição às escolas públicas. Há ainda, a defasagem cambial”, salientou Mortara, acrescentando: “A situação foi-se agravando e, por isso, nossas bases de representatividade de todo o País aprovaram e assinaram um manifesto, expressando nossa indignação ante a gravidade conjuntural do setor”, disse Mortara.

O presidente da Abigraf Regional São Paulo, Levi Ceregato, explicou que o mercado, e não apenas no Brasil, está diminuindo devido à concorrência de outras mídias, como as redes sociais e o e-book. 

“Nesse cenário, temos verificado com os empresários que ainda há um otimismo quanto à sobrevivência do setor, mas percebemos a insensibilidade dos órgãos governamentais quando apresentamos algumas demandas”, frisou o dirigente. “Um exemplo dessa indiferença refere-se à questão dos livros, que estão sendo impressos na China, transferindo para lá a receita de impostos e a geração de empregos. O setor gráfico é composto em sua maioria por microempresas e está bastante atualizado tecnologicamente. Por isso, é essencial retomar sua competitividade”, falou Ceregato. 


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