Relatório
aponta que o consumo mundial de energia aumentará 56% nas próximas três décadas
e que carvão, gás e petróleo atenderão quase 80% dessa nova demanda
A
Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos (EIA, na sigla em
inglês) divulgou nesta quinta-feira (25) o International Energy Outlook 2013
(Panorama da Energia Mundial 2013), descrevendo como o desenvolvimento dos
países emergentes justificará a maior parte do aumento no consumo de energia do
planeta no futuro.
“A
prosperidade da China e Índia é o principal estímulo para o crescimento da
demanda global por energia. Esses dois países somados responderão por metade do
crescimento do uso de energia até 2040, o que terá um efeito profundo no
desenvolvimento dos mercados mundiais de energia”, afirmou Adam Sieminski,
administrador da EIA.
Segundo
o relatório, enquanto nos países emergentes o consumo de energia deve expandir
90% até 2040, nas nações industrializadas esse aumento deverá ser de apenas
17%.
“Essa
é uma boa notícia na realidade, pois indica o crescimento na prosperidade. A
questão é: como atender a essa demanda e ainda manter a segurança energética e
a preservação do meio ambiente?”, completou Sieminski.
A
estimativa é de que as emissões ligadas ao setor de energia passem das 31,2
bilhões de toneladas métricas registradas em 2010 para 36,4 bilhões em 2020,
chegando finalmente a mais de 45,5 bilhões em 2040.
Petróleo
em Alta
A
EIA projeta que o consumo de energia passará das atuais 524 quadrilhões e
unidades térmicas britânicas (Btu) para 820 quadrilhões de Btu em 2040.
As
fontes fósseis deverão atender 80% dessa nova demanda, sendo que, entre elas, o
gás natural é a que mais deve crescer, 1,7% ao ano.
Porém,
o relatório aponta que o petróleo se consolidará ainda mais como a principal
fonte de energia do planeta, e registrará um aumento de 36% em sua demanda.
Assim, espera-se que o preço do barril suba em longo prazo. Cotado atualmente
em US$ 103, o barril deve cair um pouco no ano que vem para US$ 100, e depois
subir continuamente até algo como US$ 163 em 2040.
O
carvão seguirá sendo a segunda maior fonte, ainda mais porque China e Índia são
grandes consumidores. No entanto, a EIA prevê que a participação desse
combustível fóssil na matriz parará de crescer por volta de 2025 e cairá a
partir daí, devido à implementação de políticas ambientais e climáticas.
O
relatório destaca que as fontes renováveis estão ocupando um espaço cada vez
maior e que são as que mais rapidamente crescem, 2,5% ao ano.
A
hidroeletricidade e a eólica devem responder por 80% do aumento projetado na
geração de renováveis nas próximas três décadas. Serão 5,4 trilhões de
quilowatts-hora acrescentados à matriz mundial, dos quais 52% devem vir de hidroelétricas
e 28%, de projetos eólicos.
O
Brasil aparece com destaque no relatório quando a questão é biocombustíveis. De
acordo com a EIA, Brasil e Estados Unidos serão responsáveis por mais da metade
da oferta de biocombustíveis até 2040.
*Autor:
Fabiano Ávila - Fonte: Instituto CarbonoBrasil
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