quinta-feira, 23 de janeiro de 2014

Nos mercados desenvolvidos venda de livros digitais tende à estagnação

Enquanto em países como França e Alemanha o segmento cresceu no mesmo ritmo acelerado dos EUA até 2011, com os digitais passando os 5% das vendas das editoras, os mercados onde os e-books já são superiores a 20% (EUA e Reino Unido) tiveram aumento quase nulo


Ainda é cedo para tirar conclusões sobre a desaceleração, mas uma tendência paralela nos países de língua inglesa chamou a atenção. Trata-se da expansão de serviços de leitura via streaming, como Scribd e Oyster, com os usuários que pagam mensalidades para acessar milhares de títulos em vez de pagar por eles isoladamente.
Ainda com poucas opções nessa área (o maior serviço, a Nuvem de Livros, é mais voltado ao público estudantil), o Brasil teve em 2013 seu primeiro ano com a presença das grandes lojas de livros e viveu crescimento similar ao dos EUA nos primórdios do Kindle, entre 2008 e 2009.
As maiores editoras do Brasil fecharam 2012 com os e-books representando cerca de 1% de suas vendas totais. Agora, após um ano com Amazon, Apple, Google e Kobo oferecendo e-books nacionais, as casas informam que o digital chega a 3% de suas vendas.
Comércio eletrônico brasileiro é falho e terá problemas em 2014, afirma executivo
O comércio eletrônico brasileiro, por falta de infraestrutura, não está preparado para enfrentar os megaeventos que estão por vir, entre eles, a Copa do Mundo, sustentou o diretor geral do 3º Seminário Nacional de Comércio Eletrônico, Meios de Pagamento e Negócios na Web (Ecom 2013), Marcelo Castro, que foi realizado recentemente em São Paulo.  
“O primeiro semestre do ano vai ser muito tumultuado. Acho que a gente vai ter um pico de problemas na cadeia lojista. Não tenho dúvida de que quem estiver comprando no e-commerce vai sofrer um pouquinho, porque o mercado continua crescendo, mas a estrutura de entrega está limitada”, disse.
Além dos problemas de logística, das condições das estradas e da segurança, Castro destacou que os comerciantes no Brasil estão enfrentando a concorrência de sites estrangeiros que se instalam no Brasil ou oferecem serviços aos clientes do País. “Europeus e americanos estão vendo um jeito de fugir da crise lá vendendo no e-commerce deles aqui. A expectativa é os estrangeiros comprarem R$1,5 bilhão aqui no Brasil, mas a previsão é que brasileiros comprem R$ 2,6 bilhões em sites estrangeiros. A gente tem que estar preparado para não deixar este mercado vazar para o mercado internacional”, alertou.

De acordo com empresa de estudos, o preço médio de livros é de R$34,00 no Brasil   


A Nielsen (www.br.nielsen.com), provedora global de informações e insights sobre o que o consumidor assiste e compra, apresenta ao mercado o preço médio dos livros vendidos no Brasil, no período de praticamente dois meses, de 17 de junho a 11 de agosto do ano passado, no valor de R$34,00

De acordo com Luiz Gaspar, gerente da solução BookScan na Nielsen Brasil, a variação do preço médio desses livros se modifica conforme a posição do título no ranking, ficando mais caros à medida que se distanciam das primeiras posições. “Prova disso é a média de preço dos 500 livros mais vendidos, que é de R$27,00; já os que estão no ranking entre os 20 mil e 100 mil, o valor médio é de R$34,00”, pontua o gerente.
Quando comparado aos maiores mercados internacionais, o desconto, de quase 7%, aplicado nacionalmente nos 10 títulos mais vendidos, é menor que os utilizados em outros países. Já os livros que se posicionam entre 500 e 1 mil no ranking brasileiro, o desconto pode chegar a 36%.
A pesquisa também aponta que, no mesmo período, foram vendidos 100 mil títulos no Brasil, o que representa mais de 5 milhões de exemplares. “Com esses números tão expressivos, confirmamos ao mercado a importância desse segmento para a economia nacional, movimentando R$ 176 milhões somente nestes dois meses”, avalia Gaspar.

Após um ano, revista Newsweek voltará a ser impressa

Um ano depois de anunciar a decisão de permanecer apenas no formato digital, a revista americana Newsweek voltará a ter a versão impressa. Será um produto premium, mais caro e com menos ilustrações. A aposta pelo digital havia encerrado oito décadas de publicação física da tradicional revista.
"Mas a edição impressa vai voltar como um produto de butique", afirmou o editor-executivo Jim Impoco. As novas edições, afirma Impoco, buscarão ser mais dependentes de assinaturas do que de publicidade. A expectativa é que a circulação chegue a 100 mil exemplares no primeiro ano.
A possibilidade de voltar ao impresso parecia ter desaparecido depois que a Newsweek foi comprada, em agosto, pela empresa digital de notícias IBT Media, dona de várias publicações on-line. A revista, contudo, é uma das primeiras a revisar a estratégia digital no setor, enquanto outras publicações continuam a se afastar do impresso. A revista semanal New York anunciou nesta semana que vai se tornar quinzenal, com o objetivo de diminuir custos e priorizar a internet.


Primeiro livro impresso nos EUA é vendido por U$14,2 mi*

O "Bay Psalm Book", um das 11 cópias restantes do primeiro livro impresso nos Estados Unidos, foi vendido por US$ 14,2 milhões na casa de leilões Sotheby's, em Nova York, estabelecendo o recorde de livro impresso mais caro  já vendido.
Embora a expectativa para lances de até US$ 30 milhões não tenha sido alcançada, o leilão superou com facilidade a marca anterior, de US$ 11,5 milhões, pagos em dezembro de 2010 pelo livro "Birds of America", de John James Audubon.
O homem de negócios e filantropo americano David Rubenstein foi o comprador do livro. Ele é co-fundador e chefe-executivo da empresa de private equity dos EUA Carlyle Group LP.
A Sotheby's disse que os planos de Rubenstein são emprestar o livro a bibliotecas dos EUA, antes de emprestá-lo a longo prazo a uma dessas bibliotecas. "Nós estamos entusiasmados que esse livro, que é um dos mais importantes de nossa história e cultura, está sendo destinado a ser amplamente visto pelos americanos, que podem apreciar sua singular significação", disse David Redden, diretor do departamento de livros da Sotheby's. "É claro que também estamos entusiasmados por ter conseguido um novo lance recorde em leilões de qualquer livro impresso, o que afirma que os livros permanecem uma parte vital de nossa cultura", acrescentou.
Impresso em 1640 em Cambridge, no Estado americano de Massachusetts, o "Bay Psalm" é um dos livros mais raros do mundo e é uma das cópias em melhor estado das 1,7 mil que foram impressas.
O livro é também a primeira cópia a ser vendida desde 1947, quando estabeleceu um recorde para leilão de livros ao arrecadar US$ 151 mil.
O "Bay Psalm"  foi vendido da coleção da Igreja Old South, em Boston, para cobrir os custos de restauro da edificação e financiar seu ministério. A cópia vendida é uma das duas pertencentes à igreja. Membros da congregação, uma organização sem fins lucrativos criada em 1669 e integrante da denominação protestante Igreja Unida de Cristo, votaram pela venda do livro em dezembro passado.
As universidades de Harvard e Yale e outras instituições são donas das outras cópias existentes.
*Fonte: Exame


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