A Fundação Biblioteca Nacional trouxe para a 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo uma programação diversificada. Entre balanços de políticas públicas e mesas de debates sobre o fomento à leitura, no sábado, 11/8, o tema central será a internacionalização da literatura brasileira.
Às 11h, Cristovão Tezza e a tradutora Maria Teresa Pineda, falam sobre o processo da tradução do livro O filho eterno. Ainda pela manhã, editores franceses debatem com o presidente da FBN/MinC, Galeno Amorim os mercados do livro e da leitura nos dois países. Mais tarde, às 20h, Milton Hatoum, Danilo Miranda e Galeno Amorim discutem a presença da literatura brasileira nas prateleiras internacionais.
Neste sábado, 11/8, às 11h, no Salão de Ideias da Bienal do Livro, será realizada a mesa O autor e seu tradutor. No debate, o escritor Cristóvão Tezza e sua tradutora para o espanhol, Maria Teresa Atrián Pineda, discutem as dificuldades e os desafios da tradução. A versão mexicana de O filho eterno, de Tezza, que Maria Teresa preparou para a editora Elephas com bolsa do programa de apoio da FBN, será publicada no fim deste ano. O debate será mediado por Claudiney Ferreira, do Itaú Cultural.
No mesmo horário o tema também é a área internacional, mas com foco na troca de informações entre Brasil e França. Galeno Amorim, presidente da Fundação Biblioteca Nacional, e Jean-Guy Boin, presidente do Bureau Internacional de Edição Francesa (Bief, em francês), debaterão as políticas públicas adotadas pelos dois países para a promoção da literatura no exterior. A França traz para a Bienal uma comitiva de seis editores, além de agentes literários, interessados em aprofundar seu conhecimento sobre o mercado brasileiro. Trata-se de um aquecimento para as atividades que vão movimentar a homenagem que o Brasil deve receber no Salão do Livro de Paris dentro de dois a três anos.
O escritor Milton Hatoum, o agente cultural Danilo Miranda e Galeno Amorim formam o Salão de Ideias das 20h. Os três fecham o ciclo de conversas sobre os livros brasileiros no exterior. Hatoum que tem diversos livros traduzidos, falará sobre a visão do escritor enquanto produto traduzido e a importância da presença da literatura brasileira no mercado internacional.
E como parte das celebrações da 22ª Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a FBN/MinC apresenta, durante todos os dias, a exposição Traduzindo o Brasil, que destaca o papel e a importância do livro e da literatura brasileira no mundo. Na exposição, serão apresentados alguns de nossos maiores autores clássicos já traduzidos, apontando uma tendência cada vez maior que é a universalização da literatura brasileira no exterior.
Segundo o presidente Galeno Amorim, a exposição tem dois claros objetivos: apresentar ao público o resultado das diversas políticas públicas desenvolvidas pela FBN na promoção da literatura brasileira no exterior, assim como mostrar que a Biblioteca Nacional também se prepara para encarar o futuro. “O Brasil está na moda. Cada vez mais somos procurados por editoras dos mais diferentes países interessadas em participar do Programa de Apoio à Tradução. O resultado desta política é que em pouco tempo será possível ler obras de Carlos Drummond na Romênia, Clarice Lispector na Alemanha, Alberto Mussa na Armênia ou mesmo Machado de Assis na Finlândia”, avalia.
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