Instituto Bowker revela crescimento de 60% do mercado de autopublicação, alimentado pelo setor de impressão por demanda
D acorod com uma pesquisa realizada pela Bowker, empresa que atua em informação bibliográfica, os norte-americanos estão consumindo mais livros eletrônicos. O estudo revelou que a venda de obras literárias nos Estados Unidos cresceu 6% no último ano, passando de 328.259 títulos em 2010 para 347.178 em 2011.
O impulso no consumo, segundo a Bowker, deve-se quase que exclusivamente ao mercado de autopublicação, que apresentou a maior alta nos últimos quatro anos: quase 60%. Já os gastos com livros eletrônicos (ou e-books) tiveram um incremento considerável nas vendas naquele país, passando de 2% em 2010 para 7% em 2011.
Os e-books passaram a representar 14% das unidades comercializadas nos EUA. Em 2010, era de 4%. Além disso, a Bowker, que é responsável pela concessão de ISBNs (International Standard Book Number) nos EUA, registrou no ano passado mais de 211 mil autopublicações, sendo 41% livros eletrônicos, quase 60% a mais do que em 2010. Vale lembrar que nem todos os materiais deste setor levam ISBN.
Outra pesquisa, realizada na Inglaterra e encomendada pelo Writer's Workshop, mostra que a maioria dos autores britânicos consultados (60%) consideram a possibilidade de eliminar seus editores para autopublicar seus livros.
Ainda na mesma divulgação, quase ¾ dos entrevistados (74,2%), responderam sim para a questão: “Se e-books continuarem a ganhar mercado, você consideraria eliminar sua editora?”.
A questão no Brasil
Já no Brasil, o mercado de autopublicação também está crescendo. O portal Perse, que trabalha com impressão por demanda e e-books, registrou uma considerável alta de publicações em menos de um ano de atuação. No segundo semestre de 2011, foram publicados 200 livros.
Neste ano, até o final do mês de maio, o número pulou para mais de 700 títulos. Uma das explicações para esse aumento é a facilidade que os autores encontram em publicar as suas obras através de serviços como esse. Além de terem ao alcance das mãos o poder de decisão sobre sua publicação, também contam com sistema de impressão sobre demanda e versão digitalizada (os e-books).
“Estamos em um mercado que tem crescido muito. A autopublicação já conquista a confiança de autores de todo o território nacional, que utilizam o nosso sistema para viabilizarem a difusão de suas obras”, afirma Antônio Hércules Jr., sócio e diretor geral do PerSe.
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