Expectativa
de crescimento morno do PIB europeu não ajuda a expandir empréstimos para
empresas e consumidores
A
concessão de crédito na Zona do Euro deve seguir em ritmo lento. Segundo estudo
da EY (antes Ernst & Young), a previsão é que os empréstimos às empresas
aumentem 1,6% em 2014 em relação ao ano passado. A estimativa anterior, de
outubro de 2013, era de crescimento de 3,8%. A avaliação está no Eurozone
Financial Services Forecast, relatório trimestral sobre mercados europeus
realizada pela multinacional de consultoria e auditoria.
A
diminuição entre as duas previsões, um corte de 211 bilhões de euros, ocorreu
devido a maior cautela dos bancos e menor grau de investimentos das empresas.
Em 2014, a expectativa é de crescimento do Produto Interno Bruto europeu pela
primeira vez desde 2011, com 0,9% de expansão, patamar que não é forte o
suficiente para expandir a concessão de crédito e recuperar a economia.
O
crédito aos consumidores também deve encolher. Em 2013, os empréstimos para as
famílias caíram 29 bilhões de euros e a previsão da EY é que para 2014 diminua
para 26 bilhões de euros. Segundo o estudo, apenas a partir de 2016 o crédito
aos consumidores deve se recuperar ao mesmo nível de 2012, sinal da lenta
retomada da economia da União Europeia.
A EY
acredita que permanecerão as diferenças entre os países da Zona do Euro.
Alemanha e França devem ter aumento de crédito imobiliário, para consumidores e
empresas (de 3% a 4% para Alemanha e 2% na França). A expectativa de crédito,
no entanto, é estável para a Itália e de queda na Espanha, com diminuição de
3,2% para as empresas.
Com
altos índices de desemprego e baixo crescimento econômico, a estimativa da EY é
que a inadimplência siga elevada.
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